domingo, 29 de dezembro de 2019

Sebastião Pinto (1886-1961)

    Outro Patrono português de uma Escola Estadual em Itapetininga é SEBASTIÃO PINTO.

Sebastião Pinto em 1942

   Sebastião Pinto era filho de Daniel Pinto e Delfina Marques e nasceu às 23:00 horas do dia 9 de agosto de 1886 na Aldeia de Baixo, que na época era um lugar (ou um bairro) da Freguesia de Armamar, no Concelho de Armamar, Distrito de Viseu, Portugal. Atualmente Aldeia de Baixo é um lugar da Freguesia de Aldeias, pertencente aos mesmos concelho e distrito.

  Fazendo uma analogia entre as unidades administrativas, um distrito em Portugal é equivalente a um estado no Brasil. Um concelho lá é o mesmo que um município aqui e uma freguesia equivale a um distrito de um município brasileiro.

    A seguir, a imagem do seu registro paroquial de batismo, com sua respectiva transcrição e um resumo para um melhor entendimento:
                                                                                                                                                    

REGISTRO PAROQUIAL DE BATISMO DE

“SEBASTIÃO PINTO”

IGREJA PAROQUIAL SÃO MIGUEL

ARMAMAR (freguesia), ARMAMAR (concelho), VISEU (distrito), PORTUGAL

imagens:


(clique nas imagens para ampliá-las)

transcrição:

(clique na imagem para aumentá-la)

• resumo:

nome: Sebastião

nascimento: data e local: 09/08/1886, às 23:00 horas - Aldeia de Baixo (lugar), Armamar (freguesia), Armamar

pais: Daniel Pinto - natural da Aldeia de Baixo (lugar), Armamar (freguesia), Armamar e          Delfina Marques - natural de Fontelo (freguesia), Armamar

avós paternos: avô incógnito e Bernardina Roza

avós maternos: João Cardoso Fernandes e Maria Barbara

batismo: data e local: 09/09/1886 - Igreja Paroquial São Miguel, Armamar (freguesia), Armamar

padrinhos: Victorino Cardoso Valente e Maria Ignacia Valente (viúva) - ambos da Aldeia de Baixo

observação:


   Seu avô paterno é José Pinto dos Santos, informação obtida de um registro civil brasileiro declarado pelo próprio Sebastião Pinto. No seu registro paroquial de batismo aparece seu avô como incógnito devido aos seus avós paternos não serem casados. Na época, quando os pais não eram casados, os filhos costumavam a aparecer nos registros como de pai incógnito ou como filho natural apenas da mãe, que constava também ser solteira. Às vezes acontecia de constar o nome do pai, mas aparecendo o termo “filho ilegítimo”, sendo o “ilegítimo” no sentido do filho não ser de um legítimo casamento; o que causa uma certa confusão hoje em dia.
                                                                                                                                                    

   A família Marques Pinto começou a imigrar para o Brasil na década de 1890. Primeiro vieram os homens e depois as mulheres. Sebastião Pinto chegou em 1897 junto de seu irmão caçula João Pinto e provavelmente de Diogo de Oliveira, que talvez fosse um amigo da família e acompanhou os irmãos menores na travessia do Oceano Atlântico, como pode ser visto no pedido de passaporte deles realizado em Portugal em 5 de março de 1897:

(clique na imagem para ampliá-la)

  Seu pai e talvez o irmão mais velho, Antonio Pinto, já estavam aqui no Brasil. Posteriormente a mãe e as irmãs também vieram e, assim, toda a família reuniu-se novamente; estabelecendo-se definitivamente em Itapetininga, onde eles possuíam um armazém de secos e molhados com o nome comercial de “Daniel Pinto & Filhos”.

  Os membros da família Marques Pinto moravam na Rua Cesário Mota, onde hoje se localiza o Edifício Itapuã. Sebastião, seus pais e suas irmãs moraram até o final de suas vidas nesse local.

   Sebastião Pinto cresceu na cidade escolhida pela família para uma nova vida, porém formou-se em São Carlos e morou em várias outras cidades por onde trabalhou.

  Em Itapetininga teve uma vida muito dinâmica e foi bastante atuante na sociedade local. Além de suas obrigações profissionais, participou também de várias entidades civis, como podem ser vistos nos relatos mais abaixo.

  Membro do Irmandade do Santíssimo Sacramento de Itapetininga, também colaborou para a construção da atual Catedral Nossa Senhora dos Prazeres. Sua ligação e de sua família com a Igreja Católica era muito forte, doando até alguns imóveis e outros bens para a mesma; incluindo o terreno onde hoje se localiza o Lar Célia Teresa Rodrigues Soares Hungria, doação feita pela sua irmã Bibiana Marques Pinto.

  No ano de 1940 naturalizou-se brasileiro pelo decreto de 13 de maio de 1940 do Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Getulio Vargas; publicado no Diário Oficial da União no dia 15 de maio de 1940, como mostrados nos recortes abaixo:

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   Sebastião Pinto vem a ser primo da minha bisavó portuguesa Maria dos Remedios Marques (sendo que suas mães são irmãs), mãe da minha avó materna Palmira Marques Brito. Além disso, a família Marques Pinto foi quem criou minha avó Palmira. Quando esta ficou órfã de mãe com menos de 4 anos de idade devido ao falecimento de Maria dos Remedios no Rio de Janeiro, essa família dispôs-se a criar Palmira em Itapetininga, que depois também virou Professora e após casar-se adotou o nome de Palmira Marques Carneiro.

   O professor Sebastião Pinto faleceu em Itapetininga em 14 de outubro de 1961, às 08:30 horas, aos 75 anos de idade, na véspera do Dia dos Professores. Seu falecimento causou grande comoção na comunidade local, sendo que no dia seguinte foi realizado uma missa de corpo presente na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres (atual Catedral) e na sequência deu-se o seu sepultamento no Cemitério do Santíssimo Sacramento em Itapetininga.

   Abaixo três recortes do jornal itapetiningano Tribuna Popular do dia 18 de outubro de 1961, onde foram publicados um agradecimento e convite para a missa de 7º dia, realizados pela irmã Bibiana Marques Pinto em nome da família, e um histórico do falecido Professor:



(clique nas imagens para ampliá-las)

   Já no dia 16 de outubro de 1961 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Deputado Estadual D.r Cyro Albuquerque apresentou o seguinte requerimento, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOSP) em 18 de outubro de 1961; cuja justificativa foi a mesma usada no Projeto de Lei para denominar um Grupo Escolar com seu nome, também publicado no mesmo DOSP:

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HISTÓRICOS DA CRIAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL SEBASTIÃO PINTO E DE SEU PATRONO

   A seguir estão os históricos da criação da Escola Estadual Sebastião Pinto e de seu Patrono como estão nos capítulos 1 e 2 da Unidade III do Plano de Gestão Escolar para o Quadriênio 2012/2015 da Unidade Escolar:

“III - Histórico da unidade escolar

1) Histórico de criação:

   A escola foi criada de acordo com a Lei nº 6560 publicada em 08/12/1961 ofertando os quatro primeiros anos do Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série e, de acordo com a Res. S.E. de 23/12/1976 publicada em 24/01/1976, passou a oferecer também os anos finais do Ensino Fundamental a partir da 5ª série.

2) Histórico do Patrono:

   Prof. Sebastião Pinto, patrono desta Unidade Escolar. Filho de Daniel Pinto e Delfina Marques Pinto.  Nasceu na Aldeia de Baisco, Província de Beira Alta em Portugal, a 08/08/1886, faleceu em Itapetininga a 14/10/1961, sendo sepultado no Cemitério Santíssimo Sacramento no jazigo da família.  Aportou no Brasil em março de 1897, vindo residir com os pais e irmãos em Itapetininga, cidade que amou e serviu de todo o coração até o fim de seus dias. Formou-se em 20/11/1914, na Escola Normal Secundária de São Carlos. Naturalizou-se brasileiro pelo decreto de 13/05/1940.  Ingressou no Magistério Público, tendo exercido o cargo de professor da Escola Masculina de Joanópolis, Adjunto do Grupo Escolar “Dr. Guimarães Junior” de Ribeirão Preto.  Diretor do mesmo Estabelecimento, Diretor da Escola Profissional de Ribeirão Preto e Inspetor Escolar de Tietê, Penápolis e Itapetininga, em cujo cargo se aposentou, em 05/10/1948, após trinta e três anos de efetivo exercício. Substituiu o titular da Delegacia Regional de Ensino de Itapetininga por várias vezes, com critério, inteligência e justiça. O Professor Sebastião Pinto, conquistou definitivamente os corações da Comunidade Itapetiningana. Alegre, jovial, procurava emprestar sempre alta dose de otimismo aos seus atos. Piedoso e Prestativo, soube cumprir com seus deveres cristãos colaborando de forma decisiva com a irmandade e com as instituições beneficentes a que pertencia. Sua existência foi marcada por atitudes de forma sem jaça e de caráter aprimorado nos sadios ensinamentos evangélicos. O Professor Sebastião Pinto, era compreensivo, humano, além de possuir elevado senso didático que o fazia adorado por toda criança da Terra das Escolas.”

Obs.: O local de nascimento correto é Aldeia de Baixo e não Aldeia de Baisco e a data de nascimento certa é 09/08/1886 e não 08/08/1886.

   Este outro histórico foi copiado da página na internet “Genealogia Itapetiningana”, estudos genealógicos de José Luiz Nogueira:

“Professor Sebastião Pinto

   Filho de Daniel Pinto e de Delfina Marques Pinto, nasceu em Aldeia de Baixo, conselho de Armamar, Distrito de Viseu, província de Beira Alta em Portugal, no dia 09 de agosto de 1886 e faleceu em Itapetininga a 14 de outubro de 1961, sendo sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento nesta cidade.

   Aportou no Brasil, em março de 1897, vindo residir com seus pais e seus irmãos em Itapetininga, cidade que amou e serviu de todo coração até o fim da sua vida.

   O que fez o Curso Preparatório para ingressar na escola Normal, com o abalizado Prof. Antonio Augusto da Fonseca (Major Fonseca).

   Prestou exame de admissão na escola Normal de São Carlos, onde concluiu os estudos, recebendo seu diploma de normalista no dia 20 de novembro de 1914.

   Naturalizou-se brasileiro, pelo decreto de 13 de maio de 1940.

   Ingressou no magistério público primário, tendo exercido os cargos de professor da escola masculina de Joanópolis: adjunto do grupo escolar Dr. Guimarães Júnior, de Ribeirão Preto.

   Diretor do mesmo grupo escolar, diretor da escola Profissional de Ribeirão Preto, Inspetor Escolar de Tietê, Penápolis, e Itapetininga, em cujo cargo ficou até se aposentar em 5 de outubro de 1948, após mais de 33 anos de efetivo exercício. Substituiu o titular da delegacia de ensino por várias vezes, com critério, inteligência e justiça.

   Sua atuação durante a revolução constitucionalista de 1932 foi das mais decisivas, promovendo a instalação e fundação do hospital da Cruz Vermelha de Itapetininga, no qual exerceu o árduo cargo de Diretor Administrativo, com amor e patriotismo, do começo ao fim da campanha.

   Locutor do programa cultural e religioso da Ave Maria da tradicional Rádio Difusora-PRD9 ao qual foi também um dos idealizadores.

   Como locutor tomou parte saliente nas irradiações festivas e nas vespertinas, levando sua palavra de fé e piedade ao recesso dos lares cristãos, só deixando de fazê-lo quando um mal insidioso que o acometera, embargou-lhe a voz.”

SOBRE OS PATRONOS MAJOR FONSECA E SEBASTIÃO PINTO

   Este e o artigo anterior neste blog falam um pouco das origens, históricos e curiosidades das vidas de Antonio Augusto da Fonseca e de Sebastião Pinto. Eles eram portugueses de lugares distintos: Antonio Augusto da cidade do Porto (Distrito do Porto) e Sebastião de Armamar (Distrito de Viseu). Os distritos do Porto e de Viseu são distritos limítrofes.

   Major Fonseca nasceu na freguesia da Foz do Douro (pertencente à cidade do Porto) e, como o nome já diz, localiza-se onde o Rio Douro, um importante rio português que cruza o norte do país, deságua no mar. Esse mesmo rio também banha Armamar, a cidade natal da família Marques Pinto.

   Apesar de eles não terem uma ligação de parentesco, sempre houve uma estreita relação de amizade entre Major Fonseca e a família Marques Pinto.

   Do artigo “Antonio Augusto da Fonseca - 164 anos de nascimento” já se observa que foi também por iniciativa de Antonio Pinto, irmão de Sebastião Pinto, a idealização de um busto para homenagear Major Fonseca, que foi inaugurado em 25 de dezembro de 1917 na antiga Praça João Soares (atual Praça Marechal Deodoro da Fonseca ou mais conhecida por Largo dos Amores) e hoje está no jardim da Escola Estadual em que é patrono. Aliás, ao lado dessa Escola situavam-se um terreno e a residência dos Marques Pinto. O terreno virou o Lar Célia Teresa Rodrigues Soares Hungria.

   Foi com Major Fonseca que Sebastião Pinto preparou-se para ingressar na Escola Normal, dando início à sua carreira no magistério.

   Essas foram algumas demonstrações da amizade existente entre esses imigrantes do Norte de Portugal.

   Para finalizar, todos os portugueses da família Marques Pinto estão repousados eternamente em um túmulo no Cemitério do Santíssimo Sacramento de Itapetininga ao lado do túmulo de Antonio Augusto da Fonseca.

• fontes: ARQUIVO DISTRITAL DE VISEU, DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, FAMILY SEARCH, FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, GENEALOGIA ITAPETININGANA DE JOSÉ LUIZ NOGUEIRA, IMPRENSA OFICIAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E JORNAL TRIBUNA POPULAR

• pesquisa: ALAN FRANCI

Alan Franci - Itapetininga - domingo, 29 de dezembro de 2019

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Antonio Augusto da Fonseca (Major Fonseca) - 164 anos de nascimento

   Há exatos 164 anos, ou seja, em 24 de dezembro de 1855, nascia na antiga Freguesia da Foz do Douro, pertencente ao Concelho do Porto, Distrito do Porto, Portugal, ANTONIO AUGUSTO DA FONSECA.

   Antonio Augusto da Fonseca vem a ser o Patrono da Escola Estadual Major Fonseca, localizada no Município de Itapetininga, Estado de São Paulo.

Major Fonseca em 1912

  Neste espaço publicarei a imagem do seu registro paroquial de batismo, com sua respectiva transcrição e um resumo desse registro para um entendimento melhor. Um pouco da sua importante história, principalmente em Itapetininga, está na sequência, retirada do Plano de Gestão da Escola que leva o seu nome.

REGISTRO PAROQUIAL DE BATISMO DE

ANTONIO AUGUSTO DA FONSECA

IGREJA PAROQUIAL SÃO JOÃO BATISTA
FOZ DO DOURO (freguesia), PORTO (concelho), PORTO (distrito), PORTUGAL

·         imagem:
(clique na imagem para aumentá-la)

·         transcrição:

(clique na imagem para ampliá-la)

·         resumo:

nome: Antonio

nascimento: data: 24/12/1855
                     local: Largo da Igreja, Foz do Douro (freguesia), Porto

pais: Francisco Antonio da Fonseca - natural da Sé (freguesia), Porto
         Joaquina Adelaide - natural da Foz do Douro (freguesia), Porto

avós paternos: Antonio José da Fonseca - natural de Santa Marinha do Zêzere (freguesia), Baião
                         Josepha Maria de Jesus - natural da Sé (freguesia), Porto

avós maternos: Justino Antonio da Silva - da Foz do Douro (freguesia), Porto
                          Rita de Caseia da Silva - de Lordelo do Ouro (freguesia), Porto

batismo: data: 02/02/1856
  local: Igreja Paroquial São João Batista, Foz do Douro (freguesia), Porto

padrinhos: Antonio Joaquim de Souza Carvalho e Silvina Laura da Fonseca (irmã do batizado)

Observações: Freguesia em Portugal é equivalente a um distrito no Brasil e um concelho lá, seria um município aqui. Um distrito português é equivalente a um estado brasileiro. Em 2013, depois da Lei que estabeleceu uma reorganização administrativa do território das freguesias, Lordelo do Ouro passou a fazer parte da Freguesia de Lordelo do Ouro e Massarelos (oficialmente União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos)

PEQUENOS HISTÓRICOS DA CRIAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL MAJOR FONSECA E DE SEU PATRONO

   A seguir estão os históricos da criação da Escola Estadual Major Fonseca e de Antonio Augusto da Fonseca, contidos nos capítulos 1 e 2 da Unidade III do Plano de Gestão Escolar 2014 da Unidade Escolar:

"III - Histórico da Unidade Escolar

1 - Histórico de Criação:

   A  Escola Estadual  “Major  Fonseca” foi criada pelo Decreto de 27/09/1932, tendo  sido instalada pelo ato de 06/10/1932, num casarão de propriedade da família do Sr. Antonio Augusto Fonseca, sendo o primeiro Diretor o Senhor Manoel de Camargo e Souza. Funcionou até  1995 atendendo o Ensino Fundamental de 1ª a 8ª série, sendo também Escola vinculadora da Zona Rural. Em 1995 com a Reorganização da Secretaria da Educação passou a atender apenas de 1ª a 4ª série. Em 2011 com a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos pela Secretaria Estadual da Educação, passou a atender alunos de 1º ao 5º ano, passando então a ter todas as etapas do Ciclo I nesta Unidade escolar.

2 - Histórico do Patrono:

   Antonio Augusto da Fonseca nasceu em São João da Foz, em Portugal aos vinte e quatro dias do mês de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e cinco. Era filho de Francisco Antonio Fonseca e de Joaquina Adelaide da Fonseca.

   Veio para o Brasil em 1869, onde residiu no Rio de Janeiro até 1870; neste mesmo ano veio para São Paulo, onde fixou residência em algumas cidades da nossa região e em 1872 chegou a Itapetininga, onde se casou com Maria Augusta Pereira Chaves em 29 de julho de 1876, nove meses mais tarde ficou viúvo. Inconformado com a solidão e conhecendo o caráter da família casou-se com a cunhada Maria José Pereira Chaves.

   Em agosto de 1879, juntamente com o Professor Francisco José M. da Silva, fundou o “Externato Previdência”, onde se preparavam jovens de Itapetininga e de cidades vizinhas.

   Naturalizou-se em 17 de outubro de 1875. Em 1893 trabalhou como Delegado de Polícia e com ideias republicanas e democráticas foi eleito vereador da Câmara Municipal de Itapetininga, sendo criador da Guarda Cívica, por ocasião da Revolução Federalista.

   Em 24 de julho de 1894, foi nomeado Diretor da Escola Normal de Itapetininga, Exerceu também por diversos anos a Cargo de Promotor Público Interino e foi Curador Geral de Órfãos.

  Em 1902 afastou-se da Direção da Escola, dedicou-se a advocacia onde também conquistou destaque na cidade.

   Faleceu em São Paulo no dia 25 de outubro de 1916 e foi sepultado em nossa cidade no Cemitério Municipal.

  Em dezembro de 1917, por Projeto dos Senhores Antonio Pinto, Sebastião Villaça e João Mendes de Moraes, foi inaugurado o seu busto que hoje se encontra na fachada principal da escola que leva orgulhosamente o seu nome Escola Estadual “Major Fonseca”."

Observação: Na verdade Major Fonseca está sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento e não no Cemitério Público São João Batista.

HERMA DE MAJOR FONSECA

(clique na imagem para aumentá-la)

   Aproveitando a oportunidade e como uma curiosidade, detalharei o evento realizado em 25 de dezembro de 1917, pouco mais de 1 ano do falecimento de Antonio Augusto da Fonseca, da inauguração de seu busto idealizado por seus amigos, como está escrito no pilar que o sustenta:

AO

MAJOR FONSECA

HOMENAGEM

DOS SEUS AMIGOS

MCMXVII

   A solenidade ocorreu na antiga Praça João Soares (atual Praça Marechal Deodoro da Fonseca, mais conhecida por Largo dos Amores) nas presença de familiares do Major Fonseca, de diversas autoridades, de representantes de várias entidades e vários jornais da época e de bandas do nosso município; tendo discursado o orador da ocasião Sebastião Villaça e em nome da família Fonseca o filho do homenageado Orlando Fonseca, além de outros; como foi bem detalhado no jornal Correio Paulistano do dia 29 de dezembro de 1917, cujos recortes com a reportagem completa estão a seguir:

(clique na imagem para ampliá-la)

   Atualmente esse monumento encontra-se nos jardins da Escola Estadual Major Fonseca.

·         fontes:

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
ARQUIVO DISTRITAL DO PORTO
FAMILY SEARCH
SITE: http://ptdocz.com/doc/370974/ee-major-fonseca

·         pesquisa: ALAN FRANCI

Alan Franci – Itapetininga – terça-feira, 24 de dezembro de 2019

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

O PRESTES dos Prestes de Albuquerque e de Luis Carlos Prestes

No artigo sobre Agostinho de Oliveira da Costa (1687-1773), português natural da antiga Freguesia de Santo Estêvão, Lisboa, verificamos que a maioria de seus filhos eram mais conhecidos e/ou se declaravam com o sobrenome Prestes. Como deve haver milhões de descendentes de Agostinho vivendo na atualidade, muitos dos que hoje possuem o Prestes têm uma chance grande de serem descendentes dele.

Vamos mostrar neste artigo bem objetivamente através da análise documental de registros paroquiais e civis (estes apenas após 1889) que Agostinho é um ancestral de Fernando Prestes de Albuquerque e, consequentemente, de seu filho Julio Prestes de Albuquerque, dois políticos muito importantes durante a República Velha. Mostraremos também quando se iniciou o sobrenome composto Prestes de Albuquerque.

Da mesma forma veremos que Luis Carlos Prestes, outro político brasileiro do século XX conhecido mundialmente, também descende de Agostinho de Oliveira da Costa.

Por fim mostraremos uma origem em Portugal nem tão remota do sobrenome Prestes usado por essas personalidades em uma mulher que viveu nos anos 1600 (século XVII) em Lisboa.

O PRESTES dos Prestes de Albuquerque

Prestes de Albuquerque

A família Prestes de Albuquerque é muito conhecida nacionalmente devido aos seus dois famosos representantes na política: Fernando Prestes de Albuquerque e seu filho, Julio Prestes de Albuquerque. Eles também são mais conhecidos com o primeiro sobrenome apenas: Fernando Prestes e Julio Prestes.

Julio Prestes de Albuquerque nasceu em Itapetininga em 15 de março de 1882, sendo filho de Fernando Prestes de Albuquerque e Olimpia Prestes de Santana. Foi batizado na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres, Itapetininga, em 28 de abril de 1882.

Tanto Fernando como Olimpia possuíam o sobrenome Prestes. Eles casaram-se na antiga Matriz de Itapetininga em 9 de setembro de 1874.

Fernando Prestes de Albuquerque era filho de Manoel Prestes de Albuquerque e Ignacia Francisca Vieira. Ele nasceu em 26 de junho de 1855 em Angatuba, na época um bairro pertencente a Itapetininga com o nome de Palmital. Não encontramos seu registro paroquial de batismo.

Manoel e Ignacia devem ter-se casado no Rio Grande do Sul, de onde ela era natural.

Olimpia Prestes de Santana nasceu em 25 de agosto de 1860 em Itapetininga, segundo seu registro paroquial de batismo, que se realizou na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres em 24 de setembro de 1860. Era filha de José Joaquim de Santana e Generosa da Silveira Prestes.

José Joaquim e Generosa contraíram matrimônio no dia 4 de julho de 1858 na antiga Igreja Matriz Sant’Ana, em Itapeva, na época denominada Faxina.

Fazendo um resumo até este ponto para uma melhor compreensão:

* Julio Prestes de Albuquerque (1882)
* pais: Fernando Prestes de Albuquerque (1855) e Olimpia Prestes de Santana (1860) - casados em 1874
* avós paternos: Manoel Prestes de Albuquerque e Ignacia Francisca Vieira
* avós maternos: José Joaquim de Santana e Generosa da Silveira Prestes - casados em 1858

A partir daqui continuaremos a mostrar apenas os ascendentes dos que contêm o sobrenome Prestes; assim começando com Manoel e Generosa, respectivamente, avô paterno e avó materna de Julio.

Manoel Prestes de Albuquerque nasceu Itapetininga em 9 de março de 1818 e foi batizado na antiga Igreja Matriz local em 30 de março de 1818. Era filho de Serafim José Ferreira de Albuquerque e Anna Esmeria Prestes.

Serafim José e Anna Esmeria casaram-se na Igreja Matriz Nossa Senhora da Ponte em 1º de junho de 1813, em Sorocaba, onde nasceram seus primeiros filhos. Deste casamento iniciou-se o sobrenome composto Prestes de Albuquerque. Entre 1815 e 1818 a família mudou-se para Itapetininga.

Generosa da Silveira Prestes deve ter nascido em Itapetininga em torno de 1840 e era filha de José Custodio da Silveira e Francisca Prestes de Albuquerque. Seu registro de batismo não foi localizado.

José Custodio e Francisca casaram-se em Araçoiaba da Serra, na época uma freguesia de Sorocaba denominada Campo Largo de Sorocaba, na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores em 11 de abril de 1839.

Passando para a seguinte geração, Anna Esmeria Prestes nasceu em 1798 em Sorocaba e foi batizada nessa mesma cidade no dia 16 de setembro de 1798 na Igreja Matriz Nossa Senhora da Ponte. Era filha de José Joaquim de Oliveira Prestes e Maria Ferreira.

Francisca Prestes de Albuquerque era filha de Serafim José Ferreira de Albuquerque e Anna Esmeria Prestes e nasceu em 8 de abril de 1823 em Itapetininga, onde foi batizada na antiga Matriz Nossa Senhora dos Prazeres no dia 14 de abril desse mesmo ano.

Observamos uma curiosidade: Francisca Prestes de Albuquerque também era filha de Serafim José e Anna Esmeria, ou seja, os avós paternos de Fernando Prestes de Albuquerque eram avós maternos da mãe de Olimpia Prestes de Santana; ou seja, Fernando e sua sogra, Generosa, eram primos-irmãos.

Portanto a mais próxima ancestral em comum com o sobrenome Prestes de Fernando e Olimpia era Anna Esmeria Prestes, avó do primeiro e bisavó da segunda, como resumido a seguir:

* Fernando Prestes de Albuquerque (1855)
* pai: Manoel Prestes de Albuquerque (1818)
* avó: Anna Esmeria Prestes (1798)

e

* Olimpia Prestes de Santana (1860)
* mãe: Generosa da Silveira Prestes (1840?)
* avó: Francisca Prestes de Albuquerque (1823)
* bisavó: Anna Esmeria Prestes (1798)

Anna Esmeria Prestes

Anna Esmeria, como visto, era filha de José Joaquim de Oliveira Prestes e Maria Ferreira. Estes casaram-se na antiga Igreja Matriz de Sorocaba em 8 de novembro de 1797.

José Joaquim de Oliveira Prestes, por sua vez, era filho de Francisco Machado de Oliveira Prestes e Francisca Fernandes Xavier da Silva e talvez tenha nascido em Sorocaba por volta de 1780.

Francisco e Francisca contraíram matrimônio na Igreja Matriz Santana, em Santana de Parnaíba, no dia 22 de maio de 1779.

Francisco Machado de Oliveira Prestes nasceu em Santo Amaro, atual bairro de São Paulo e na época uma freguesia da mesma cidade, em 1744 e foi batizado na Igreja Matriz Santo Amaro em 31 de outubro de 1744. Era filho de José de Oliveira Prestes e Theresa Blanco Machado.

José e Theresa casaram-se em 3 de setembro de 1736 na antiga Matriz de Santo Amaro.

José de Oliveira Prestes nasceu em 1711 em Santo Amaro e foi batizado na Matriz local em 6 de setembro de 1711. Ele era filho de Agostinho de Oliveira da Costa e Anna da Silveira.

Desta forma acabamos de demonstrar que os Prestes de Albuquerque descendem de Agostinho e uma de suas três esposas.

Para um melhor entendimento, a seguir os ancestrais de Anna Esmeria Prestes até Agostinho de Oliveira da Costa:

* Anna Esmeria Prestes (1798)
* pai: José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?)
* avô: Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744)
* bisavô: José de Oliveira Prestes (1711)
* trisavô: Agostinho de Oliveira da Costa (1687)

Portanto Anna Esmeria Prestes é trineta, sempre pelo lado paterno, de Agostinho de Oliveira da Costa e sua primeira esposa, Anna da Silveira. E Anna Esmeria era avó paterna de Fernando Prestes de Albuquerque e avó materna da sogra deste, Francisca Prestes de Albuquerque.

Em relação a Julio Prestes de Albuquerque, Anna Esmeria Prestes era sua bisavó pelo lado paterno e trisavó pelo lado materno.

Já Agostinho de Oliveira da Costa era 5º avô de Fernando Prestes de Albuquerque e 6º avô de sua esposa, Olimpia Prestes da Silveira.

Por fim, um resumo dessas duas linhagens de ascendentes de Julio até Agostinho:

pelo lado paterno:

* Julio Prestes de Albuquerque (1882)
* pai: Fernando Prestes de Albuquerque (1855)
* avô: Manoel Prestes de Albuquerque (1818)
* bisavó: Anna Esmeria Prestes (1798)
* trisavô: José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?)
* tetravô ou tataravô: Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744)
* 5º avô: José de Oliveira Prestes (1711)
* 6º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (1687)

e pelo lado materno:

* Julio Prestes de Albuquerque (1882)
* mãe: Olimpia Prestes de Santana (1860)
* avó: Generosa da Silveira Prestes (1840?)
* bisavó: Francisca Prestes de Albuquerque (1823)
* trisavó: Anna Esmeria Prestes (1798)
* tetravô ou tataravô: José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?)
* 5º avô: Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744)
* 6º avô: José de Oliveira Prestes (1711)
* 7º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (1687)

O PRESTES de Luis Carlos Prestes

Luis Carlos Prestes

Outro Prestes conhecido no Brasil e no mundo devido à política foi Luis Carlos Prestes, que também descende de Agostinho de Oliveira da Costa.

Luis Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, em 3 de janeiro de 1898 e era filho de Antonio Pereira Prestes e Leocadia de Almeida Felisardo. Seu registro civil de nascimento foi declarado pelo próprio pai no Cartório de Registro Civil em 4 de janeiro de 1898.

Antonio e Leocadia casaram-se em Porto Alegre no dia 30 de maio de 1896 tanto no Cartório de Registro Civil como na Catedral Nossa Senhora Mãe de Deus.

Antonio Pereira Prestes nasceu em 23 de agosto de 1869 em Porto Alegre e foi batizado na Catedral Nossa Senhora Mãe de Deus no ano de 1872. Era filho de Antonio Pereira Prestes e Luiza Machado de Freitas.

Antonio e Luiza devem ter contraído matrimônio em torno de 1858 em Porto Alegre.

Antonio Pereira Prestes era filho de Tertuliano Antonio Pereira e Fermianna Maria de Oliveira Prestes e nasceu no dia 12 de novembro de 1821 em Porto Alegre. Foi batizado nessa cidade na Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe de Deus em 9 de dezembro de 1821.

Tertuliano e Fermianna casaram-se em 10 de novembro de 1808 na atual Mostardas, Estado do Rio Grande do Sul, na Igreja Matriz São Luís Rei de França.

Fermianna Maria de Oliveira Prestes nasceu em 22 de março de 1790 em Mostardas, onde foi batizada em 15 de abril de 1790 na Igreja Matriz local. Era filha de Manoel de Oliveira Prestes e Silvana Joaquina de Sousa.

Manoel e Silvana Joaquina devem ter-se casado por volta de 1783 na atual Viamão, Estado do Rio Grande do Sul, de onde ela era natural.

Manoel de Oliveira Prestes era filho de José de Oliveira Prestes e Theresa Blanco Machado. Nasceu em 1752 em Santo Amaro, atual bairro de São Paulo, onde foi batizado em 28 de agosto de 1752 na antiga Igreja Matriz local.

José e Theresa casaram-se na Igreja Matriz Santo Amaro em 3 de setembro de 1736.

José de Oliveira Prestes nasceu em 1711 em Santo Amaro, São Paulo, e foi batizado na Igreja Matriz local em 6 de setembro de 1711. Era o segundo filho de Agostinho de Oliveira Prestes e Anna da Silveira.

Portanto demonstramos que Luis Carlos Prestes também descende de Agostinho e uma de suas esposas, como explicado abaixo:

* Luis Carlos Prestes (Porto Alegre - 1898)
* pai: Antonio Pereira Prestes (Porto Alegre - 1869)
* avô: Antonio Pereira Prestes (Porto Alegre - 1821)
* bisavó: Fermianna Maria de Oliveira Prestes (Mostardas - 1790)
* trisavô: Manoel de Oliveira Prestes (Santo Amaro, São Paulo - 1752)
* 4º avô: José de Oliveira Prestes (Santo Amaro, São Paulo - 1711)
* 5º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (Santo Estêvão, Lisboa, Portugal - 1687)

Os Prestes de Albuquerque e Luis Carlos Prestes

Como percebemos, Agostinho de Oliveira da Costa (1687-1773) era 5º avô tanto de Fernando Prestes de Albuquerque (1855) como de Luis Carlos Prestes (1898) e estes descendiam do mesmo filho de Agostinho: José de Oliveira Prestes, o segundo filho com a primeira esposa e nascido em 1711.

Desta forma os trisavós de Fernando e Luis Carlos são irmãos, respectivamente, Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744) e Manoel de Oliveira Prestes (1752); ou seja, os bisavós são primos-irmãos, respectivamente, José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?) e Fermianna Maria de Oliveira Prestes (1790).

O PRESTES - Luiza Prestes

Apesar de Agostinho de Oliveira da Costa não usar o sobrenome Prestes, foi este, além do Oliveira, que foi transmitido e era mais usado pela maioria dos seus filhos. Isto porque, para Agostinho, sua mãe chamava-se Anna Prestes; como ele declarou nos registros paroquiais de seus dois últimos casamentos no Brasil.

Porém vimos no artigo sobre Agostinho que os registros paroquiais em Portugal diziam que sua mãe se declarava como Anna da Costa e quem possuía o sobrenome Prestes era a mãe dela, Luiza Prestes.

Portanto o sobrenome Prestes da família Prestes de Albuquerque e de Luis Carlos Prestes possui uma origem em Luiza Prestes, avó materna de Agostinho.

Para finalizar, um esquema com os mais próximos ancestrais de Agostinho:

* Agostinho de Oliveira da Costa
* pais: Vicente de Oliveira e Anna da Costa
* avós paternos: Manoel de Oliveira e Joanna de Oliveira
* avós maternos: Antonio da Costa e Luiza Prestes

Fontes:

* Atlas Histórico do Brasil:

* Blog Alan Franci - artigo “Agostinho de Oliveira da Costa (1687-1773)”:

* Família Júlio Prestes de Albuquerque:

* Family Search:

* Genealogie on line (Roberto Petroucic):

* Geneanet (Valdinei Silveira):

* Genearc (Roberto de Oliveira Cardoso dos Santos):

* Geni (Lúcia Pilla):

* Google:

* Wikipédia:

Pesquisa:

* Alan Franci

Alan Franci – Itapetininga – quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

AGOSTINHO DE OLIVEIRA DA COSTA (1687-1773)

Estudo genealógico

Registro paroquial de batismo e outras descobertas desse meu 8º avô e sua família

Agostinho de Oliveira da Costa nasceu em 1687 (provavelmente no mês de agosto, por isso seu nome) em Lisboa, Portugal, e foi batizado em 4 de outubro de 1687 na Igreja Paroquial de Santo Estêvão, Bairro de Alfama, o bairro mais antigo e tradicional de Lisboa e que compreende boa parte da antiga Freguesia de Santo Estêvão. Abaixo a imagem de seu registro paroquial de batismo:

(clique na imagem para aumentá-la)

Transcrição:


                                                Outubro de 1687.
                            Aos  quatro dias  do  mes  de  8.bro  de Seis Centos e oitenta
                            e sette annos  bauptisei a  Agostinho f.o de Vicente de Olivr.a
 Agostinho.          e  de  Anna da Costa  m.es  no  beco do Maquinés  Lapa,  foi
                            padrinho   Paschoal   Fran.co   m.or   ao   Loretto.
                                                                            Cristovão Prestes da Silvr.a



Era filho de Vicente de Oliveira e Anna da Costa (moradores na época no Beco do Maquinez, Bairro de Alfama; onde Agostinho deve ter nascido); neto paterno de Manoel de Oliveira e Joanna de Oliveira e materno de Antonio da Costa e Luiza Prestes.

Vicente de Oliveira e Anna da Costa, assim como o filho Agostinho, também eram naturais de Alfama e foram batizados na mesma Igreja Paroquial de Santo Estêvão.

Agostinho veio para o Brasil na primeira década do século XVIII, onde se casou em primeiras núpcias na Igreja Matriz Santo Amaro, na antiga Freguesia de Santo Amaro, atual bairro do Município de São Paulo, com Anna da Silveira em 9 de abril de 1708. Seu primeiro filho foi Pedro Nolasco de Oliveira, nascido em 1709 na mesma freguesia e batizado na Matriz do local em 14 de fevereiro de 1709.

A esposa Anna da Silveira era filha de José da Silveira de Bittencourt e Anna Cavalheiro, nasceu em 1693 e foi batizada na Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção (Catedral da Sé), Bairro da Sé, São Paulo, em 21 de março de 1693. Talvez ela tenha nascido em Santo Amaro e não na região da Sé, apenas sido batizada na antiga Matriz da Sé.

Agostinho e Anna tiveram 10 filhos cujos registros paroquiais de batismo foram encontrados, ficando assim sua família:

Agostinho de Oliveira da Costa e Anna da Silveira
          ·         Pedro (1709)
          ·         José (1711)
          ·         Domingos (1714)
          ·         Anna (1716)
          ·         Escolastica (1720)
          ·         Antonio (1725)
          ·         João (1729)
          ·         Manoel (1732)
          ·         Joanna (1735)
          ·         Francisco (1737)

O primeiro filho a se casar foi Pedro Nolasco de Oliveira, que se casou com Maria José de Jesus Garcia (filha de Jeronimo Pires de Siqueira e Simoa de Siqueira) na Igreja Matriz Santo Amaro em 26 de agosto de 1727, dando a Agostinho o primeiro neto: Simão Pires de Oliveira, que nasceu em Santo Amaro em 1729 e foi batizado na Igreja Matriz do local em 6 de novembro de 1729.

A partir desse momento concomitantemente Agostinho passou a ter filhos, seus primeiros filhos a se casar e netos a nascer.

Em 11 de agosto de 1746 casou-se a primeira neta a contrair matrimônio: Anna de Oliveira Prestes (filha de Pedro Nolasco de Oliveira e Maria José de Jesus Garcia) com Thomas Pereira da Cunha (filho de José Pereira Ebanos e Joanna da Cunha) na Igreja Matriz Santo Amaro. Esse casal dá o primeiro bisneto a Agostinho de Oliveira da Costa e Anna da Silveira: Manoel Pereira da Cunha, nascido em 1747 em Santo Amaro e batizado na Matriz local em 12 de novembro de 1747.

Em 29 de março de 1751 em Santo Amaro faleceu Anna da Silveira aos 58 anos de idade, deixando o viúvo Agostinho (depois de quase 43 anos de casamento), filhos, netos e bisnetos.

Após alguns anos Agostinho casou-se com a também viúva Domingas Ribeiro, filha de Braz Domingues de Siqueira e Benta Ribeiro do Passo, em 15 de novembro de 1757 na Matriz de Santo Amaro. Neste mesmo local, Domingas faleceu em 22 de fevereiro de 1761.

Novamente viúvo, ele casou-se pouco tempo depois com Luzia Vieira, esta filha de Gualter Vieira Passos e Joanna Moreira da Silva, nascida em 1731 em Santo Amaro e batizada na respectiva Igreja Matriz em 19 de abril de 1731. Seu terceiro casamento realizou-se em 24 de novembro de 1761 nessa mesma Igreja.

Com essas duas esposas ele também teve filhos cujos registros paroquiais de batismo foram encontrados, sendo explicadas essas famílias a seguir:

Agostinho de Oliveira da Costa e Domingas Ribeiro
          ·         Agostinho (1758)

Agostinho de Oliveira da Costa e Luzia Vieira
          ·         Anna (1762)
          ·         Francisco (1765)
          ·         Joaquim (1766)

Talvez Agostinho tenha tido mais alguns filhos que faleceram na infância e não foram batizados, porém não foram encontrados registros paroquiais de óbito deles.

Vários bisnetos de Agostinho nasceram bem antes que esses últimos filhos advindos desses dois casamentos, ou seja, muitos de seus bisnetos eram bem mais velhos que os próprios tios-avós.

Outra curiosidade é que a terceira esposa, Luzia Vieira, era mais nova que o primeiro neto de Agostinho, Simão Pires de Oliveira, e nasceu no mesmo ano da segunda neta, Anna de Oliveira Prestes; esta batizada em 19 de agosto de 1731 na Matriz de Santo Amaro, bairro onde nasceu.

No dia 24 de janeiro de 1770 Isabel Maria de Jesus (filha da neta Anna de Oliveira Prestes com Thomas Pereira da Cunha) casou-se na Igreja Matriz Santo Amaro com Francisco Pereira Domingues (filho de Onofre Pereira da Silva e Marianna Vaz Domingues) e tornou-se a primeira bisneta a se casar.

Agostinho de Oliveira da Costa faleceu em Santo Amaro em 20 de setembro de 1773 aos 86 anos de idade, muito avançada para a época, cuja expectativa de vida girava entre 35 e 40 anos; deixando a viúva Luzia Vieira, filhos dos três matrimônios, netos (sendo muitos casados), bisnetos (com alguns já casados) e talvez até trinetos; e foi sepultado dentro da Igreja Matriz Santo Amaro.

O primeiro trineto descoberto até o momento foi batizado com o nome Joaquim em 3 de janeiro de 1774 na Igreja Matriz Santo Amaro e era filho da bisneta Isabel Maria de Jesus com Francisco Pereira Domingues. Joaquim deve ter nascido em novembro ou dezembro de 1773, ou seja, Agostinho não chegou a conhecê-lo.

Milhões de pessoas vivendo hoje descendem de Agostinho de Oliveira da Costa; já que uma pessoa que nasce há mais de 330 anos gera mais de 10 gerações de descendentes e, no caso dele, as primeiras já foram numerosas: ele teve 14 filhos que se casaram, alguns mais de uma vez, gerando mais de 80 netos, sendo que o primeiro nasceu há quase 290 anos.

Para finalizar, demonstro toda minha linhagem de ascendentes até Agostinho, que está a nove gerações acima de mim, ou seja, ele é bisavô da bisavó do meu bisavô:

·         Alan Franci (Itapetininga - 1978)
·         mãe: Marly Carneiro (Itaí - 1941)
·         avô: Cornelio da Silva Carneiro (entre Itapetininga e Tatuí - 1893)
·         bisavô: Maximino Vieira da Silva (Tatuí - 1852)
·         trisavó: Gertrudes Dias Vieira (Cotia - 1820)
·         tetravô ou tataravô: Joaquim Dias Vieira (Cotia - 1789)
·         5ª avó: Anna Maria de Oliveira (Cotia - 1762?)
·         6º avô: Pedro Celestino de Oliveira (Sé, São Paulo - 1743?)
·         7º avô: Pedro Nolasco de Oliveira (Santo Amaro, São Paulo - 1709)
·         8º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (Santo Estêvão, Lisboa, Portugal - 1687)

Fontes:

* Family Search:

* Genealogie on line:

* Genearc:

* Geni:

* My Heritage:

* Nós Portugueses:

* Projeto Compartilhar (Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira):

Pesquisa:

* Alan Franci:

Observações e análises das informações pesquisadas

Minha curiosidade em torno de Agostinho de Oliveira da Costa, que culminou com a realização deste pequeno artigo, ocorreu principalmente devido a ele ser meu 8º avô (como linhagem de ascendentes mostrada acima) e, também, ser ele um imigrante português antigo (início do século XVIII) e seus registros paroquias no Brasil dizerem o local de seu nascimento e batizado, facilitando muito qualquer busca.

Outros motivos também foram que esses registros continham muitas variações nos nomes de sua mãe e avós, havia o desconhecimento por parte de Agostinho do nome de seu avô paterno e, apesar de vários sites na internet discutirem sobre sua genealogia, todos desconheciam a data de seu 1º casamento e do ano de seu nascimento. Com o objetivo de solucionar essas questões, comecei a fazer essa busca. Interessante também seria definir a real idade dele ao falecer, que já sabia ser uma idade avançada para a época, pois já era mencionada no seu registro paroquial de óbito.

Outra curiosidade foi ele ter-se casado três vezes e deixado grande descendência ao falecer, tendo filhos nos três casamentos, sendo que os últimos nasceram concomitantemente com netos e bisnetos; motivando-me a pesquisar para ver pelo menos os registros de batismo e casamento de todos os seus filhos e tentar definir os nomes mais usados por eles; procurar por outros filhos falecidos ainda crianças e descobrir quem foram os primeiros a nascer e a se casar em cada geração até a terceira e tentar descobrir se ele poderia ter conhecido pelo menos o primeiro trineto, já que havia essa possibilidade, pois uma bisneta casou-se já em 1770.

Sobre a provável data de seu nascimento, tinha-se que era de 1683 pelo seu registro paroquial de óbito que dizia que ele faleceu com 90 anos em setembro de 1773, mesma data de nascimento encontrada em todos os sites na internet, pois foi tirada do mesmo registro. Como sabemos, esta idade sempre acaba sendo meio aproximada e fazendo a busca em torno de 1687, encontrei seu registro paroquial de batismo em outubro de 1687 nos livros da Igreja por ele indicada.

Os nomes corretos de sua mãe e dos seus avós e o nome do seu avô paterno consegui definir depois de pesquisar e ver muitas imagens de registros da Igreja Paroquial de Santo Estêvão, como o casamento dos seus pais e dos seus avós paternos, os batismos de seus pais e outros, já que foram declarados por eles mesmos. O nome do avô materno era Antonio e não Manoel; já o paterno, este sim era Manoel; provando que o próprio Agostinho não sabia ao certo os nomes dos seus avós.

O próprio nome de Agostinho aparece de várias formas diferentes nos diversos registros vistos no Brasil: na maioria das vezes apenas “Agostinho de Oliveira”; porém há a forma bem comum “Agostinho de Oliveira Costa” e também “Agostinho de Oliveira da Costa”; escolhendo definir assim seu nome.

Outro detalhe é que Agostinho declarava nos registros e os sites na internet afirmam que o pai, Vicente de Oliveira, era natural da antiga Freguesia de Santa Engracia e a mãe, Anna da Costa, da de Santo Estêvão. Porém os dois eram naturais de Santo Estêvão e foram batizados na principal Igreja desse local. A Freguesia de Santo Estêvão foi extinta devido a uma reorganização administrativa, fazendo parte quase que integralmente da nova Freguesia de Santa Maria Maior.

O Bairro de Alfama, assim como outros de Lisboa, não é uma divisão administrativa, mas uma divisão informal ou histórica e engloba boa parte da Freguesia de Santa Maria Maior. O Beco do Maquinez (onde moravam os pais de Agostinho quando ele foi batizado, indicando que ele nasceu nesse local) e a Igreja Paroquial de Santo Estevão estão localizadas nos limites da atual Freguesia de Santa Maria Maior e do tradicional Bairro de Alfama.

O registro de seu primeiro casamento foi localizado na Igreja Matriz de Santo Amaro no ano de 1708. Como no registro está Martinho de Oliveira casando com Anna de Brum da Silveira, os demais pesquisadores não perceberam que se tratavam de Agostinho de Oliveira da Costa e Anna da Silveira. Uma confirmação de tratar-se do mesmo casal é que esse registro diz que Martinho era de Lisboa, coincidindo com sua naturalidade, e outra é que o registro de batismo de 1709 do primeiro filho, Pedro, diz que este é filho de Agostinho de Oliveira Costa e Anna de Brum, praticamente o mesmo nome da esposa nesses dois registros.

Sobre a primeira esposa, Anna da Silveira, depois de uma certa pesquisada nos registros da Matriz de Santo Amaro e não encontrar seu batismo, apenas de dois de seus irmãos, imaginei que ela poderia ter sido batizada na antiga Igreja da Sé de São Paulo. Depois de analisar as difíceis imagens quase apagadas e danificadas das páginas dos livros da Catedral, acabei encontrado o registro desejado.

Faltou encontrar o registro de batismo de segunda esposa, Domingas Ribeiro, mesmo depois de pesquisar bastante e da mesma forma que a mencionada no parágrafo anterior.

Também foram pesquisados outros livros da Matriz de Santo Amaro para ver os registros paroquiais de batismo de todos os seus filhos e tentar achar mais alguns que foram batizados e faleceram na infância. Como pode ser visto, não foram encontrados outros filhos; mesmo pesquisando os registros paroquiais de óbito. Houve uma grande dificuldade em analisar as imagens dos registros no site dos mórmons, pois estas mostravam as páginas dos livros com a tinta bem enfraquecida.

A seguir mostro os nomes e as datas do batismo de todos os filhos batizados. Desta forma foi possível definir o ano em que cada um deles nasceu, já que nessa época as crianças no Brasil ou em Portugal eram batizadas com poucas semanas ou, no máximo, alguns meses:

·         Pedro: 14/02/1709
·         José: 06/09/1711
·         Domingos: 08/04/1714
·         Anna: 15/12/1716
·         Escolastica: 02/02/1720
·         Agostinho: 02/09/1725
·         João: 26/06/1729
·         Manoel: 13/07/1732
·         Joanna: 03/07/1735
·         Francisco: 08/12/1737
·         Agostinho: 15/11/1758
·         Anna: 25/11/1762
·         Francisco: 25/08/1765
·         Joaquim: 19/09/1766

Há um intervalo muito grande entre os filhos Escolastica e Agostinho e entre Agostinho e João; mas, como dito, não foram encontrados nenhum registro de óbito de filhos nesses intervalos. Talvez a esposa Anna abortou alguns filhos nesses períodos, assim não constaram nos registros.

O filho Antonio com certeza é o filho batizado com o nome de Agostinho. Isto pode ser verificado ao comparar os padrinhos descritos no registro de batismo de Agostinho e pela testemunha que mencionou quem eram os padrinhos de batismo de Antonio no seu processo de Dispensa Matrimonial. Pode ter havido alguma confusão do pároco ao se fazer o registro com o nome do pai ou Antonio foi batizado com outro nome mesmo, porém com certeza Agostinho e Antonio são a mesma pessoa.

A Dispensa Matrimonial era um procedimento da Igreja para autorizar um casal a contrair matrimônio, necessário quando havia um grau de parentesco entre os cônjuges ou faltava alguma comprovação da identidade ou filiação de alguém. No caso de Antonio, não havia sido localizado seu registro de batismo, já que ele foi batizado com o nome de Agostinho.

Fiz uma análise principalmente dos registros paroquiais de casamento dos filhos de Agostinho para tentar definir seus nomes corretos ou por eles mais usados. Também foram vistos e consultados nos diversos sites os registros de batismo dos netos para verificar como os pais destes se declararam em cada registro e concluí da seguinte forma:

·         Pedro => Pedro Nolasco de Oliveira
·         José => José de Oliveira Prestes
·         Domingos => Domingos de Oliveira Ramos
·         Anna => Anna de Oliveira Prestes
·         Escolastica => Escolastica de Oliveira Prestes
·         Antonio => Antonio de Oliveira Prestes
·         João => João de Oliveira Prestes
·         Manoel => Manoel de Oliveira Prestes
·         Joanna => Joanna Gertrudes de Oliveira Prestes
·         Francisco => Francisco Xavier de Oliveira
·         Agostinho => Agostinho de Oliveira Prestes
·         Anna => Anna Maria de Jesus
·         Joaquim => Joaquim de Oliveira Prestes

O filho batizado com o nome de Francisco em 1765 não foi citado no processo de Inventário dos bens deixados por Agostinho de Oliveira da Costa em 1774. Portanto tudo indica que ele faleceu na infância, mas seu registro paroquial de óbito também não foi encontrado.

Consegui definir os primeiros a nascer e a se casar das três primeiras gerações, porém um dos objetivos também era o de encontrar algum trineto que Agostinho conheceu.

Depois de muitas análises e pesquisas nos vários sites e em imagens de registros para encontrar bisnetos propícios a dar um trineto a Agostinho ainda em vida e, também, descobrir outros na mesma situação e não citados nesses sites, acabei encontrando mais alguns bisnetos; porém não encontrei nenhum registro de um trineto nascido antes da morte de Agostinho. O primeiro que encontrei, Joaquim, foi batizado em 3 de janeiro de 1774 e creio que nasceu 2 ou 3 meses depois de seu falecimento, ocorrido em setembro de 1773.

Caso encontre outro trineto mais velho que Joaquim ou que seja contemporâneo a Agostinho, farei uma correção através de uma complementação para não mudar esse texto.

Para encerrar estas observações e análises faço uma explicação de como estimar o número de descendentes de uma certa geração. Considerando a 10ª geração e que Agostinho teve 10 filhos; cada filho tendo em média 8 filhos, o que totaliza um total de 80 netos (o que realmente ocorreu no mínimo); cada neto tendo 5 filhos em média e assim sucessivamente, o cálculo obtido é uma multiplicação resultando em:

·         10 * 8 * 5 * 5 * 5 * 5 * 4 * 4 * 3 * 3 = 7.200.000 de pessoas na 10ª geração

Usando um número de filhos menor para cada geração, mas considerando 12 delas:

·         6 * 6 * 5 * 5 * 4 * 4 * 3 * 3 * 2 * 2 * 2 * 2 = 2.073.600 pessoas na 12ª geração

É apenas uma estimativa, mas fazendo uma variação no número médio de filhos, quase sempre o resultado obtido acaba ficando na casa dos milhões, mesmo levando-se em conta que o número de filhos por casal hoje é bem menor que o de antigamente. Nos dias atuais Agostinho tem descendentes de no mínimo 13 gerações abaixo dele; assim estimando o número de descendentes apenas das gerações 10 e 11, que vivem atualmente, já se obtém da ordem de alguns milhões de pessoas cada uma delas.

Alan Franci – Itapetininga – segunda-feira, 14 de janeiro de 2019