quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Sebastião Villaça (1869-1954)

    Patrono de uma das maiores Escolas de Itapetininga, localizada na Vila Rio Branco, Sebastião Villaça nasceu em São Roque, mas passou a maior parte de sua vida na conhecida “Terra das Escolas”.


    Neste pequeno trabalho foi feita uma detalhada pesquisa e estudo genealógicos sobre sua imediata família, definindo datas e locais de nascimentos, casamentos e óbitos; inclusive dos filhos falecidos na infância que foram encontrados nas pesquisas realizadas. Sua importante história em Itapetininga foi deixada a cargo de uma publicação transcrita de um site de genealogia que relata com precisão sua trajetória de vida.

    Sebastião Villaça nasceu em 17 de setembro de 1869 em São Roque, sendo filho do português Sebastião Martins Villaça e da brasileira Maria Leocadia da Silveira.

    A seguir a imagem e a transcrição do seu registro paroquial de batismo, sacramento realizado em 26 de setembro de 1869 na Igreja Matriz São Roque, no Município de São Roque.

REGISTRO PAROQUIAL DE BATISMO DE “SEBASTIÃO VILLAÇA”

imagem:


transcrição:

    Sebastião Villaça formou-se em 1890 na Escola Normal de São Paulo (depois Escola Normal Caetano de Campos), na época localizada na Rua da Boa Morte, atual Rua do Carmo, Bairro da Sé. Pouco depois, em 1894, essa instituição foi inaugurada em prédio próprio na Praça da República, onde hoje se encontra a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

    Na edição do Jornal Correio Paulistano de 23/11/1890 foram publicados resultados de exames realizados na Escola Normal de São Paulo, onde apareceram os nomes de Sebastião Villaça e de sua futura esposa Maria Emilia de Oliveira:

    Os já Professores Sebastião Villaça e Maria Emilia de Oliveira casaram-se no dia 23 de janeiro de 1893 em São Roque, ele com 23 e ela com 21 anos de idade. Maria Emilia era filha de Vicente Julio de Oliveira e Deolinda Victorina dos Santos e nasceu em 3 de outubro de 1871 em São Roque.

    Talvez em torno de 1894 tenha nascido e falecido em São Roque um filho do casal; porém falta, até o momento, completar as pesquisas em documentos civis dessa época para confirmar ou descartar esses fatos.

    No Diário Oficial do Estado de São Paulo de 04/03/1896 foram publicadas as declarações de Sebastião Villaça e de Maria Emilia de Oliveira Villaça optando pelos cargos de Professores na Escola Modelo de Itapetininga:

   Provavelmente no ano de 1896 Sebastião e Maria Emilia estabeleceram-se em Itapetininga. Nesse mesmo ano, ao registrar o nascimento de uma de suas filhas, ele assinou o respectivo livro do cartório assim:

  Em 1897 ele foi nomeado Professor normalista, como publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 15/08/1897 mostrado a seguir:

   Na década de 1910 Sebastião Villaça registrou no cartório como filho adotivo seu e de sua esposa a criança por eles criada, nascida em São Paulo e que foi deixada na roda dos expostos da Santa Casa de Misericórdia daquela cidade. Nesse registro ele declara que o já adulto Cyro Villaça nasceu em 1º de janeiro de 1890.

    A seguir está um esquema mostrando a família de Sebastião e Maria Emilia:

Sebastião Villaça e Maria Emilia de Oliveira Villaça (10)

          • Cyro Villaça (1890?-1937)
          • Maria Villaça (1896-1896) *
          • Bento Villaça (1898-1898) *
            • Oscar Villaça (1899-1988)
            • Sylvia Villaça (1900-2002)
            • Floriano Peixoto Villaça (1902-1990)
            • Luiz Villaça (1904-1906) *
            • Lygia Villaça (1906-1906) *
            • Augusta Villaça (1907-1910) *
            • Clyde Villaça (1909-2002)

        Cyro nasceu em São Paulo e foi adotado pelo casal, Bento nasceu em São Roque e os outros filhos nasceram em Itapetininga; onde as crianças também vieram a falecer.

        Em 1913 Sebastião Villaça ingressou no serviço público federal, tendo sua nomeação para o novo cargo publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 10/10/1913:

        Os cinco filhos que atingiram a idade adulta casaram-se, como descritos a seguir:

    • Cyro Villaça e Luiza da Cunha – Boituva em 15/11/1932
    • Oscar Villaça e Julieta Ornellas Rosa – Itaí em 29/06/1922
    • Humberto Primo e Sylvia Villaça – Itapetininga em 23/01/1921
    • Floriano Peixoto Villaça e Judith Carpinelli – Itapetininga em 11/10/1928
    • Paschoal Visconti e Clyde Villaça – Itapetininga em 17/09/1935

        Sebastião Villaça faleceu em Itapetininga no dia 28 de fevereiro de 1954 aos 84 anos de idade, deixando a esposa Maria Emilia e quatro filhos: Oscar, Sylvia, Floriano Peixoto e Clyde. Foi sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento de Itapetininga.

        No mesmo ano de 1954 foi apresentado um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para denominar um Grupo Escolar em Itapetininga com o nome de Professor Sebastião Villaça. Esse projeto foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 05/05/1954 juntamente com um rápido histórico como justificativa:

        Sebastião Villaça viu seu filho Cyro Villaça falecer em Itapetininga em 1937. Os outros faleceram bem depois e com bastante idade: Floriano Peixoto em Itapetininga aos 87 anos de idade, Oscar em Avaré aos 88 anos e Sylvia em São Paulo. Sylvia e Clyde faleceram no mesmo ano de 2002, Sylvia aos 101 e Clyde aos 93 anos de idade.

        Já a esposa, Maria Emilia de Oliveira Villaça, faleceu no dia 7 de setembro de 1963 em Itapetininga aos 91 anos de idade.

        Para finalizar, na sequência foi transcrita uma publicação do site de genealogia Geni sobre a história de Sebastião Villaça, provavelmente extraída do Plano de Gestão Escolar da Escola Estadual Professor Sebastião Villaça:

    “O Professor Sebastião Villaça nasceu na cidade de São Roque - SP, a 17 de setembro de 1869, falecendo subitamente nesta cidade de Itapetininga a 28 de fevereiro de 1954, contando com 84 anos e 5 meses. O Prof. Sebastião Villaça diplomou-se em 1890 pela antiga e tradicional Escola Normal da Boa Morte, na Capital Paulista. Entre seus colegas de turma e companheiros de estudos encontramos Arnaldo Barreto e Oscar Thompson, legítimos de glórias do Magistério Paulista, dos quais, Sebastião Villaça foi amigo íntimo e cujas memórias sempre enalteceu. O nosso homenageado, em sua mocidade, secundando os esforços de seu irmão mais velho, Manoel Martins Villaça ou Maneco Villaça, como era mais conhecido, lutou em São Roque, com risco de vida pela humanitária causa da libertação dos escravos no Brasil, escondendo negros foragidos e os encaminhado ao Dr. Antônio Bento, chefe dos abolicionistas na Capital. Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados por esse valoroso irmão, o povo de São Roque perpetua sua memória na denominação dada ao Grupo Escolar de Mayrink, na época distrito de São Roque. Por muitos anos Sebastião Villaça exerceu o cargo de Professor público, inicialmente na Escola Primária Masculina do Pantojo, de onde se removeu para a Escola Complementar de Itapetininga, onde exerceu o magistério revelando-se Professor emérito e amigo sincero de seus alunos, muitos dos quais como João de Toledo, Erasto de Toledo, Raul Fonseca, Carolina Ribeiro, que tanto dignificaram as gloriosas tradições do ensino paulista. Nessa ocasião, por motivo de clamorosas perseguições políticas, Sebastião Villaça foi injustamente exonerado do cargo que sobremaneira honrou. Professor vitalício e irremovível, não se conformou com essa preterição iníqua, tendo sido o primeiro Professor público paulista a acionar judicialmente o Estado, na justa defesa dos seus direitos menosprezados. Depois de muitos anos de protelações políticas, mediante sentença judicial, emanada do Tribunal de Justiça do Estado, Sebastião Villaça foi reintegrado em seu cargo. Assim, após exercer o cargo de Professor público por vários anos, ingressou no serviço público federal como Agente Fiscal de Imposto de Consumo. Exerceu esse cargo com o coração que era grande e magnânimo, nunca prejudicando ninguém, agindo sempre como conselheiro e amigo, razão por que era sempre bem recebido festivamente onde quer que aparecesse no exercício de suas funções fiscais. Nesse cargo se aposentou após haver prestado mais de 35 anos de dedicados serviços ao Estado e à União, com íntima satisfação de haver cumprido suas funções públicas com absoluta dedicação e completa honradez. Nesta cidade, onde viveu quase 60 anos, sendo conhecido como Cel. Villaça, em virtude de sua patente de Tenente-coronel da Guarda Nacional, sua ação social e política foi proeminente e constante. Viveu sempre semeando o bem, amparando os fracos e socorrendo os perseguidos, sem medir sacrifícios pessoais. “Foi um homem grande na estatura e maior ainda no coração”, na expressão de seus amigos. Combativo e destemido, sua pena sempre esteve ao serviço dos desamparados, dos humildes, dos perseguidos, a todos socorrendo materialmente ou confortando moralmente, compartilhando com o sofrimento alheio quando não podia minorá-lo, pois a magnanimidade de coração e a generosidade de sentimentos afetivos eram espontâneos em sua alma. A “Tribuna Popular”, em seu número de 5-3-1954, noticiando o seu falecimento, escreveu:- “Se sua família perde um chefe insubstituível, Itapetininga um amigo e defensor dedicado, os necessitados e pobres perdem o seu benfeitor”. A Revista do Magistério, nº 6, de 15-8-1954, na seção intitulada “Vultos que passam”, assim se expressa ao registrar o seu sentido falecimento: “Todos que se vão, da vida merecem respeito, e todos deixam saudades. Registrar, porém, os nomes e dados dos grandes mestres que descansaram desta longa vida, na expressão de Machado de Assis, é-nos impossível. Vários, porém, não podiam passar sem registro. Sebastião Villaça, diplomado em 1890, foi homem que morreu como viveu, pelo coração, na expressão dos que com ele privaram” A mesma revista , no número seguinte, prestando-lhe homenagem, por merecer sua vida destaque especial, pública, de autoria de seu filho, mais velho, professor em toda a extensão e significação da palavra e poeta, Professor Oscar Villaça, a poesia que é bem um retrato daquele grande homem do ensino paulista e um símbolo do vulto altaneiro desta raça varonil, como o cedro no meio da floresta virgem: “ Em memória de papai”. Em Itapetininga, que amava carinhosamente como se fora sua terra natal, foi Presidente e Vereador da Câmara Municipal; Presidente e Orador do Clube Venâncio Ayres; Presidente da Comissão Pró-monumento ao Cel. Fernando Prestes de Albuquerque e Dr. Julio Prestes de Albuquerque; Provedor da Santa Casa de Misericórdia; Venerável e Orador por várias vezes da Loja Firmeza; Presidente da Escola de Comércio; membro de vários diretórios políticos, sempre lutando para que São Paulo fosse governado por homens dignos e honestos. Sebastião Villaça não morreu. Sua lembrança imperecível há de viver perenemente nos corações agradecidos de sua família, de seus amigos e de todos os que receberam os benefícios desinteressados de sua alma grande e magnânima que repousa para todo sempre na paz eterna do Senhor.”

    fontes: Acervo do Jornal Folha de São Paulo, Acervo do Jornal O Estado de São Paulo, Family Search, Fundação Biblioteca Nacional, Imprensa Oficial do Governo do Estado de São Paulo e Site de genealogia Geni

    pesquisa: Alan Franci

    Alan Franci - Itapetininga - quarta-feira, 22 de setembro de 2021

    domingo, 29 de dezembro de 2019

    Sebastião Pinto (1886-1961)

        Outro Patrono português de uma Escola Estadual em Itapetininga é SEBASTIÃO PINTO.

    Sebastião Pinto em 1942

       Sebastião Pinto era filho de Daniel Pinto e Delfina Marques e nasceu às 23:00 horas do dia 9 de agosto de 1886 na Aldeia de Baixo, que na época era um lugar (ou um bairro) da Freguesia de Armamar, no Concelho de Armamar, Distrito de Viseu, Portugal. Atualmente Aldeia de Baixo é um lugar da Freguesia de Aldeias, pertencente aos mesmos concelho e distrito.

      Fazendo uma analogia entre as unidades administrativas, um distrito em Portugal é equivalente a um estado no Brasil. Um concelho lá é o mesmo que um município aqui e uma freguesia equivale a um distrito de um município brasileiro.

        A seguir, a imagem do seu registro paroquial de batismo, com sua respectiva transcrição e um resumo para um melhor entendimento:
                                                                                                                                                        

    REGISTRO PAROQUIAL DE BATISMO DE

    “SEBASTIÃO PINTO”

    IGREJA PAROQUIAL SÃO MIGUEL

    ARMAMAR (freguesia), ARMAMAR (concelho), VISEU (distrito), PORTUGAL

    imagens:


    (clique nas imagens para ampliá-las)

    transcrição:

    (clique na imagem para aumentá-la)

    • resumo:

    nome: Sebastião

    nascimento: data e local: 09/08/1886, às 23:00 horas - Aldeia de Baixo (lugar), Armamar (freguesia), Armamar

    pais: Daniel Pinto - natural da Aldeia de Baixo (lugar), Armamar (freguesia), Armamar e          Delfina Marques - natural de Fontelo (freguesia), Armamar

    avós paternos: avô incógnito e Bernardina Roza

    avós maternos: João Cardoso Fernandes e Maria Barbara

    batismo: data e local: 09/09/1886 - Igreja Paroquial São Miguel, Armamar (freguesia), Armamar

    padrinhos: Victorino Cardoso Valente e Maria Ignacia Valente (viúva) - ambos da Aldeia de Baixo

    observação:


       Seu avô paterno é José Pinto dos Santos, informação obtida de um registro civil brasileiro declarado pelo próprio Sebastião Pinto. No seu registro paroquial de batismo aparece seu avô como incógnito devido aos seus avós paternos não serem casados. Na época, quando os pais não eram casados, os filhos costumavam a aparecer nos registros como de pai incógnito ou como filho natural apenas da mãe, que constava também ser solteira. Às vezes acontecia de constar o nome do pai, mas aparecendo o termo “filho ilegítimo”, sendo o “ilegítimo” no sentido do filho não ser de um legítimo casamento; o que causa uma certa confusão hoje em dia.
                                                                                                                                                        

       A família Marques Pinto começou a imigrar para o Brasil na década de 1890. Primeiro vieram os homens e depois as mulheres. Sebastião Pinto chegou em 1897 junto de seu irmão caçula João Pinto e provavelmente de Diogo de Oliveira, que talvez fosse um amigo da família e acompanhou os irmãos menores na travessia do Oceano Atlântico, como pode ser visto no pedido de passaporte deles realizado em Portugal em 5 de março de 1897:

    (clique na imagem para ampliá-la)

      Seu pai e talvez o irmão mais velho, Antonio Pinto, já estavam aqui no Brasil. Posteriormente a mãe e as irmãs também vieram e, assim, toda a família reuniu-se novamente; estabelecendo-se definitivamente em Itapetininga, onde eles possuíam um armazém de secos e molhados com o nome comercial de “Daniel Pinto & Filhos”.

      Os membros da família Marques Pinto moravam na Rua Cesário Mota, onde hoje se localiza o Edifício Itapuã. Sebastião, seus pais e suas irmãs moraram até o final de suas vidas nesse local.

       Sebastião Pinto cresceu na cidade escolhida pela família para uma nova vida, porém formou-se em São Carlos e morou em várias outras cidades por onde trabalhou.

      Em Itapetininga teve uma vida muito dinâmica e foi bastante atuante na sociedade local. Além de suas obrigações profissionais, participou também de várias entidades civis, como podem ser vistos nos relatos mais abaixo.

      Membro do Irmandade do Santíssimo Sacramento de Itapetininga, também colaborou para a construção da atual Catedral Nossa Senhora dos Prazeres. Sua ligação e de sua família com a Igreja Católica era muito forte, doando até alguns imóveis e outros bens para a mesma; incluindo o terreno onde hoje se localiza o Lar Célia Teresa Rodrigues Soares Hungria, doação feita pela sua irmã Bibiana Marques Pinto.

      No ano de 1940 naturalizou-se brasileiro pelo decreto de 13 de maio de 1940 do Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Getulio Vargas; publicado no Diário Oficial da União no dia 15 de maio de 1940, como mostrados nos recortes abaixo:

    (clique na imagem para aumentá-la)

       Sebastião Pinto vem a ser primo da minha bisavó portuguesa Maria dos Remedios Marques (sendo que suas mães são irmãs), mãe da minha avó materna Palmira Marques Brito. Além disso, a família Marques Pinto foi quem criou minha avó Palmira. Quando esta ficou órfã de mãe com menos de 4 anos de idade devido ao falecimento de Maria dos Remedios no Rio de Janeiro, essa família dispôs-se a criar Palmira em Itapetininga, que depois também virou Professora e após casar-se adotou o nome de Palmira Marques Carneiro.

       O professor Sebastião Pinto faleceu em Itapetininga em 14 de outubro de 1961, às 08:30 horas, aos 75 anos de idade, na véspera do Dia dos Professores. Seu falecimento causou grande comoção na comunidade local, sendo que no dia seguinte foi realizado uma missa de corpo presente na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres (atual Catedral) e na sequência deu-se o seu sepultamento no Cemitério do Santíssimo Sacramento em Itapetininga.

       Abaixo três recortes do jornal itapetiningano Tribuna Popular do dia 18 de outubro de 1961, onde foram publicados um agradecimento e convite para a missa de 7º dia, realizados pela irmã Bibiana Marques Pinto em nome da família, e um histórico do falecido Professor:



    (clique nas imagens para ampliá-las)

       Já no dia 16 de outubro de 1961 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Deputado Estadual D.r Cyro Albuquerque apresentou o seguinte requerimento, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOSP) em 18 de outubro de 1961; cuja justificativa foi a mesma usada no Projeto de Lei para denominar um Grupo Escolar com seu nome, também publicado no mesmo DOSP:

    (clique na imagem para aumentá-la)

    HISTÓRICOS DA CRIAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL SEBASTIÃO PINTO E DE SEU PATRONO

       A seguir estão os históricos da criação da Escola Estadual Sebastião Pinto e de seu Patrono como estão nos capítulos 1 e 2 da Unidade III do Plano de Gestão Escolar para o Quadriênio 2012/2015 da Unidade Escolar:

    “III - Histórico da unidade escolar

    1) Histórico de criação:

       A escola foi criada de acordo com a Lei nº 6560 publicada em 08/12/1961 ofertando os quatro primeiros anos do Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série e, de acordo com a Res. S.E. de 23/12/1976 publicada em 24/01/1976, passou a oferecer também os anos finais do Ensino Fundamental a partir da 5ª série.

    2) Histórico do Patrono:

       Prof. Sebastião Pinto, patrono desta Unidade Escolar. Filho de Daniel Pinto e Delfina Marques Pinto.  Nasceu na Aldeia de Baisco, Província de Beira Alta em Portugal, a 08/08/1886, faleceu em Itapetininga a 14/10/1961, sendo sepultado no Cemitério Santíssimo Sacramento no jazigo da família.  Aportou no Brasil em março de 1897, vindo residir com os pais e irmãos em Itapetininga, cidade que amou e serviu de todo o coração até o fim de seus dias. Formou-se em 20/11/1914, na Escola Normal Secundária de São Carlos. Naturalizou-se brasileiro pelo decreto de 13/05/1940.  Ingressou no Magistério Público, tendo exercido o cargo de professor da Escola Masculina de Joanópolis, Adjunto do Grupo Escolar “Dr. Guimarães Junior” de Ribeirão Preto.  Diretor do mesmo Estabelecimento, Diretor da Escola Profissional de Ribeirão Preto e Inspetor Escolar de Tietê, Penápolis e Itapetininga, em cujo cargo se aposentou, em 05/10/1948, após trinta e três anos de efetivo exercício. Substituiu o titular da Delegacia Regional de Ensino de Itapetininga por várias vezes, com critério, inteligência e justiça. O Professor Sebastião Pinto, conquistou definitivamente os corações da Comunidade Itapetiningana. Alegre, jovial, procurava emprestar sempre alta dose de otimismo aos seus atos. Piedoso e Prestativo, soube cumprir com seus deveres cristãos colaborando de forma decisiva com a irmandade e com as instituições beneficentes a que pertencia. Sua existência foi marcada por atitudes de forma sem jaça e de caráter aprimorado nos sadios ensinamentos evangélicos. O Professor Sebastião Pinto, era compreensivo, humano, além de possuir elevado senso didático que o fazia adorado por toda criança da Terra das Escolas.”

    Obs.: O local de nascimento correto é Aldeia de Baixo e não Aldeia de Baisco e a data de nascimento certa é 09/08/1886 e não 08/08/1886.

       Este outro histórico foi copiado da página na internet “Genealogia Itapetiningana”, estudos genealógicos de José Luiz Nogueira:

    “Professor Sebastião Pinto

       Filho de Daniel Pinto e de Delfina Marques Pinto, nasceu em Aldeia de Baixo, conselho de Armamar, Distrito de Viseu, província de Beira Alta em Portugal, no dia 09 de agosto de 1886 e faleceu em Itapetininga a 14 de outubro de 1961, sendo sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento nesta cidade.

       Aportou no Brasil, em março de 1897, vindo residir com seus pais e seus irmãos em Itapetininga, cidade que amou e serviu de todo coração até o fim da sua vida.

       O que fez o Curso Preparatório para ingressar na escola Normal, com o abalizado Prof. Antonio Augusto da Fonseca (Major Fonseca).

       Prestou exame de admissão na escola Normal de São Carlos, onde concluiu os estudos, recebendo seu diploma de normalista no dia 20 de novembro de 1914.

       Naturalizou-se brasileiro, pelo decreto de 13 de maio de 1940.

       Ingressou no magistério público primário, tendo exercido os cargos de professor da escola masculina de Joanópolis: adjunto do grupo escolar Dr. Guimarães Júnior, de Ribeirão Preto.

       Diretor do mesmo grupo escolar, diretor da escola Profissional de Ribeirão Preto, Inspetor Escolar de Tietê, Penápolis, e Itapetininga, em cujo cargo ficou até se aposentar em 5 de outubro de 1948, após mais de 33 anos de efetivo exercício. Substituiu o titular da delegacia de ensino por várias vezes, com critério, inteligência e justiça.

       Sua atuação durante a revolução constitucionalista de 1932 foi das mais decisivas, promovendo a instalação e fundação do hospital da Cruz Vermelha de Itapetininga, no qual exerceu o árduo cargo de Diretor Administrativo, com amor e patriotismo, do começo ao fim da campanha.

       Locutor do programa cultural e religioso da Ave Maria da tradicional Rádio Difusora-PRD9 ao qual foi também um dos idealizadores.

       Como locutor tomou parte saliente nas irradiações festivas e nas vespertinas, levando sua palavra de fé e piedade ao recesso dos lares cristãos, só deixando de fazê-lo quando um mal insidioso que o acometera, embargou-lhe a voz.”

    SOBRE OS PATRONOS MAJOR FONSECA E SEBASTIÃO PINTO

       Este e o artigo anterior neste blog falam um pouco das origens, históricos e curiosidades das vidas de Antonio Augusto da Fonseca e de Sebastião Pinto. Eles eram portugueses de lugares distintos: Antonio Augusto da cidade do Porto (Distrito do Porto) e Sebastião de Armamar (Distrito de Viseu). Os distritos do Porto e de Viseu são distritos limítrofes.

       Major Fonseca nasceu na freguesia da Foz do Douro (pertencente à cidade do Porto) e, como o nome já diz, localiza-se onde o Rio Douro, um importante rio português que cruza o norte do país, deságua no mar. Esse mesmo rio também banha Armamar, a cidade natal da família Marques Pinto.

       Apesar de eles não terem uma ligação de parentesco, sempre houve uma estreita relação de amizade entre Major Fonseca e a família Marques Pinto.

       Do artigo “Antonio Augusto da Fonseca - 164 anos de nascimento” já se observa que foi também por iniciativa de Antonio Pinto, irmão de Sebastião Pinto, a idealização de um busto para homenagear Major Fonseca, que foi inaugurado em 25 de dezembro de 1917 na antiga Praça João Soares (atual Praça Marechal Deodoro da Fonseca ou mais conhecida por Largo dos Amores) e hoje está no jardim da Escola Estadual em que é patrono. Aliás, ao lado dessa Escola situavam-se um terreno e a residência dos Marques Pinto. O terreno virou o Lar Célia Teresa Rodrigues Soares Hungria.

       Foi com Major Fonseca que Sebastião Pinto preparou-se para ingressar na Escola Normal, dando início à sua carreira no magistério.

       Essas foram algumas demonstrações da amizade existente entre esses imigrantes do Norte de Portugal.

       Para finalizar, todos os portugueses da família Marques Pinto estão repousados eternamente em um túmulo no Cemitério do Santíssimo Sacramento de Itapetininga ao lado do túmulo de Antonio Augusto da Fonseca.

    • fontes: ARQUIVO DISTRITAL DE VISEU, DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, FAMILY SEARCH, FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, GENEALOGIA ITAPETININGANA DE JOSÉ LUIZ NOGUEIRA, IMPRENSA OFICIAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E JORNAL TRIBUNA POPULAR

    • pesquisa: ALAN FRANCI

    Alan Franci - Itapetininga - domingo, 29 de dezembro de 2019

    terça-feira, 24 de dezembro de 2019

    Antonio Augusto da Fonseca (Major Fonseca) - 164 anos de nascimento

       Há exatos 164 anos, ou seja, em 24 de dezembro de 1855, nascia na antiga Freguesia da Foz do Douro, pertencente ao Concelho do Porto, Distrito do Porto, Portugal, ANTONIO AUGUSTO DA FONSECA.

       Antonio Augusto da Fonseca vem a ser o Patrono da Escola Estadual Major Fonseca, localizada no Município de Itapetininga, Estado de São Paulo.

    Major Fonseca em 1912

      Neste espaço publicarei a imagem do seu registro paroquial de batismo, com sua respectiva transcrição e um resumo desse registro para um entendimento melhor. Um pouco da sua importante história, principalmente em Itapetininga, está na sequência, retirada do Plano de Gestão da Escola que leva o seu nome.

    REGISTRO PAROQUIAL DE BATISMO DE

    ANTONIO AUGUSTO DA FONSECA

    IGREJA PAROQUIAL SÃO JOÃO BATISTA
    FOZ DO DOURO (freguesia), PORTO (concelho), PORTO (distrito), PORTUGAL

    ·         imagem:
    (clique na imagem para aumentá-la)

    ·         transcrição:

    (clique na imagem para ampliá-la)

    ·         resumo:

    nome: Antonio

    nascimento: data: 24/12/1855
                         local: Largo da Igreja, Foz do Douro (freguesia), Porto

    pais: Francisco Antonio da Fonseca - natural da Sé (freguesia), Porto
             Joaquina Adelaide - natural da Foz do Douro (freguesia), Porto

    avós paternos: Antonio José da Fonseca - natural de Santa Marinha do Zêzere (freguesia), Baião
                             Josepha Maria de Jesus - natural da Sé (freguesia), Porto

    avós maternos: Justino Antonio da Silva - da Foz do Douro (freguesia), Porto
                              Rita de Caseia da Silva - de Lordelo do Ouro (freguesia), Porto

    batismo: data: 02/02/1856
      local: Igreja Paroquial São João Batista, Foz do Douro (freguesia), Porto

    padrinhos: Antonio Joaquim de Souza Carvalho e Silvina Laura da Fonseca (irmã do batizado)

    Observações: Freguesia em Portugal é equivalente a um distrito no Brasil e um concelho lá, seria um município aqui. Um distrito português é equivalente a um estado brasileiro. Em 2013, depois da Lei que estabeleceu uma reorganização administrativa do território das freguesias, Lordelo do Ouro passou a fazer parte da Freguesia de Lordelo do Ouro e Massarelos (oficialmente União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos)

    PEQUENOS HISTÓRICOS DA CRIAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL MAJOR FONSECA E DE SEU PATRONO

       A seguir estão os históricos da criação da Escola Estadual Major Fonseca e de Antonio Augusto da Fonseca, contidos nos capítulos 1 e 2 da Unidade III do Plano de Gestão Escolar 2014 da Unidade Escolar:

    "III - Histórico da Unidade Escolar

    1 - Histórico de Criação:

       A  Escola Estadual  “Major  Fonseca” foi criada pelo Decreto de 27/09/1932, tendo  sido instalada pelo ato de 06/10/1932, num casarão de propriedade da família do Sr. Antonio Augusto Fonseca, sendo o primeiro Diretor o Senhor Manoel de Camargo e Souza. Funcionou até  1995 atendendo o Ensino Fundamental de 1ª a 8ª série, sendo também Escola vinculadora da Zona Rural. Em 1995 com a Reorganização da Secretaria da Educação passou a atender apenas de 1ª a 4ª série. Em 2011 com a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos pela Secretaria Estadual da Educação, passou a atender alunos de 1º ao 5º ano, passando então a ter todas as etapas do Ciclo I nesta Unidade escolar.

    2 - Histórico do Patrono:

       Antonio Augusto da Fonseca nasceu em São João da Foz, em Portugal aos vinte e quatro dias do mês de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e cinco. Era filho de Francisco Antonio Fonseca e de Joaquina Adelaide da Fonseca.

       Veio para o Brasil em 1869, onde residiu no Rio de Janeiro até 1870; neste mesmo ano veio para São Paulo, onde fixou residência em algumas cidades da nossa região e em 1872 chegou a Itapetininga, onde se casou com Maria Augusta Pereira Chaves em 29 de julho de 1876, nove meses mais tarde ficou viúvo. Inconformado com a solidão e conhecendo o caráter da família casou-se com a cunhada Maria José Pereira Chaves.

       Em agosto de 1879, juntamente com o Professor Francisco José M. da Silva, fundou o “Externato Previdência”, onde se preparavam jovens de Itapetininga e de cidades vizinhas.

       Naturalizou-se em 17 de outubro de 1875. Em 1893 trabalhou como Delegado de Polícia e com ideias republicanas e democráticas foi eleito vereador da Câmara Municipal de Itapetininga, sendo criador da Guarda Cívica, por ocasião da Revolução Federalista.

       Em 24 de julho de 1894, foi nomeado Diretor da Escola Normal de Itapetininga, Exerceu também por diversos anos a Cargo de Promotor Público Interino e foi Curador Geral de Órfãos.

      Em 1902 afastou-se da Direção da Escola, dedicou-se a advocacia onde também conquistou destaque na cidade.

       Faleceu em São Paulo no dia 25 de outubro de 1916 e foi sepultado em nossa cidade no Cemitério Municipal.

      Em dezembro de 1917, por Projeto dos Senhores Antonio Pinto, Sebastião Villaça e João Mendes de Moraes, foi inaugurado o seu busto que hoje se encontra na fachada principal da escola que leva orgulhosamente o seu nome Escola Estadual “Major Fonseca”."

    Observação: Na verdade Major Fonseca está sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento e não no Cemitério Público São João Batista.

    HERMA DE MAJOR FONSECA

    (clique na imagem para aumentá-la)

       Aproveitando a oportunidade e como uma curiosidade, detalharei o evento realizado em 25 de dezembro de 1917, pouco mais de 1 ano do falecimento de Antonio Augusto da Fonseca, da inauguração de seu busto idealizado por seus amigos, como está escrito no pilar que o sustenta:

    AO

    MAJOR FONSECA

    HOMENAGEM

    DOS SEUS AMIGOS

    MCMXVII

       A solenidade ocorreu na antiga Praça João Soares (atual Praça Marechal Deodoro da Fonseca, mais conhecida por Largo dos Amores) nas presença de familiares do Major Fonseca, de diversas autoridades, de representantes de várias entidades e vários jornais da época e de bandas do nosso município; tendo discursado o orador da ocasião Sebastião Villaça e em nome da família Fonseca o filho do homenageado Orlando Fonseca, além de outros; como foi bem detalhado no jornal Correio Paulistano do dia 29 de dezembro de 1917, cujos recortes com a reportagem completa estão a seguir:

    (clique na imagem para ampliá-la)

       Atualmente esse monumento encontra-se nos jardins da Escola Estadual Major Fonseca.

    ·         fontes:

    FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
    ARQUIVO DISTRITAL DO PORTO
    FAMILY SEARCH
    SITE: http://ptdocz.com/doc/370974/ee-major-fonseca

    ·         pesquisa: ALAN FRANCI

    Alan Franci – Itapetininga – terça-feira, 24 de dezembro de 2019

    quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

    O PRESTES dos Prestes de Albuquerque e de Luis Carlos Prestes

    No artigo sobre Agostinho de Oliveira da Costa (1687-1773), português natural da antiga Freguesia de Santo Estêvão, Lisboa, verificamos que a maioria de seus filhos eram mais conhecidos e/ou se declaravam com o sobrenome Prestes. Como deve haver milhões de descendentes de Agostinho vivendo na atualidade, muitos dos que hoje possuem o Prestes têm uma chance grande de serem descendentes dele.

    Vamos mostrar neste artigo bem objetivamente através da análise documental de registros paroquiais e civis (estes apenas após 1889) que Agostinho é um ancestral de Fernando Prestes de Albuquerque e, consequentemente, de seu filho Julio Prestes de Albuquerque, dois políticos muito importantes durante a República Velha. Mostraremos também quando se iniciou o sobrenome composto Prestes de Albuquerque.

    Da mesma forma veremos que Luis Carlos Prestes, outro político brasileiro do século XX conhecido mundialmente, também descende de Agostinho de Oliveira da Costa.

    Por fim mostraremos uma origem em Portugal nem tão remota do sobrenome Prestes usado por essas personalidades em uma mulher que viveu nos anos 1600 (século XVII) em Lisboa.

    O PRESTES dos Prestes de Albuquerque

    Prestes de Albuquerque

    A família Prestes de Albuquerque é muito conhecida nacionalmente devido aos seus dois famosos representantes na política: Fernando Prestes de Albuquerque e seu filho, Julio Prestes de Albuquerque. Eles também são mais conhecidos com o primeiro sobrenome apenas: Fernando Prestes e Julio Prestes.

    Julio Prestes de Albuquerque nasceu em Itapetininga em 15 de março de 1882, sendo filho de Fernando Prestes de Albuquerque e Olimpia Prestes de Santana. Foi batizado na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres, Itapetininga, em 28 de abril de 1882.

    Tanto Fernando como Olimpia possuíam o sobrenome Prestes. Eles casaram-se na antiga Matriz de Itapetininga em 9 de setembro de 1874.

    Fernando Prestes de Albuquerque era filho de Manoel Prestes de Albuquerque e Ignacia Francisca Vieira. Ele nasceu em 26 de junho de 1855 em Angatuba, na época um bairro pertencente a Itapetininga com o nome de Palmital. Não encontramos seu registro paroquial de batismo.

    Manoel e Ignacia devem ter-se casado no Rio Grande do Sul, de onde ela era natural.

    Olimpia Prestes de Santana nasceu em 25 de agosto de 1860 em Itapetininga, segundo seu registro paroquial de batismo, que se realizou na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres em 24 de setembro de 1860. Era filha de José Joaquim de Santana e Generosa da Silveira Prestes.

    José Joaquim e Generosa contraíram matrimônio no dia 4 de julho de 1858 na antiga Igreja Matriz Sant’Ana, em Itapeva, na época denominada Faxina.

    Fazendo um resumo até este ponto para uma melhor compreensão:

    * Julio Prestes de Albuquerque (1882)
    * pais: Fernando Prestes de Albuquerque (1855) e Olimpia Prestes de Santana (1860) - casados em 1874
    * avós paternos: Manoel Prestes de Albuquerque e Ignacia Francisca Vieira
    * avós maternos: José Joaquim de Santana e Generosa da Silveira Prestes - casados em 1858

    A partir daqui continuaremos a mostrar apenas os ascendentes dos que contêm o sobrenome Prestes; assim começando com Manoel e Generosa, respectivamente, avô paterno e avó materna de Julio.

    Manoel Prestes de Albuquerque nasceu Itapetininga em 9 de março de 1818 e foi batizado na antiga Igreja Matriz local em 30 de março de 1818. Era filho de Serafim José Ferreira de Albuquerque e Anna Esmeria Prestes.

    Serafim José e Anna Esmeria casaram-se na Igreja Matriz Nossa Senhora da Ponte em 1º de junho de 1813, em Sorocaba, onde nasceram seus primeiros filhos. Deste casamento iniciou-se o sobrenome composto Prestes de Albuquerque. Entre 1815 e 1818 a família mudou-se para Itapetininga.

    Generosa da Silveira Prestes deve ter nascido em Itapetininga em torno de 1840 e era filha de José Custodio da Silveira e Francisca Prestes de Albuquerque. Seu registro de batismo não foi localizado.

    José Custodio e Francisca casaram-se em Araçoiaba da Serra, na época uma freguesia de Sorocaba denominada Campo Largo de Sorocaba, na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores em 11 de abril de 1839.

    Passando para a seguinte geração, Anna Esmeria Prestes nasceu em 1798 em Sorocaba e foi batizada nessa mesma cidade no dia 16 de setembro de 1798 na Igreja Matriz Nossa Senhora da Ponte. Era filha de José Joaquim de Oliveira Prestes e Maria Ferreira.

    Francisca Prestes de Albuquerque era filha de Serafim José Ferreira de Albuquerque e Anna Esmeria Prestes e nasceu em 8 de abril de 1823 em Itapetininga, onde foi batizada na antiga Matriz Nossa Senhora dos Prazeres no dia 14 de abril desse mesmo ano.

    Observamos uma curiosidade: Francisca Prestes de Albuquerque também era filha de Serafim José e Anna Esmeria, ou seja, os avós paternos de Fernando Prestes de Albuquerque eram avós maternos da mãe de Olimpia Prestes de Santana; ou seja, Fernando e sua sogra, Generosa, eram primos-irmãos.

    Portanto a mais próxima ancestral em comum com o sobrenome Prestes de Fernando e Olimpia era Anna Esmeria Prestes, avó do primeiro e bisavó da segunda, como resumido a seguir:

    * Fernando Prestes de Albuquerque (1855)
    * pai: Manoel Prestes de Albuquerque (1818)
    * avó: Anna Esmeria Prestes (1798)

    e

    * Olimpia Prestes de Santana (1860)
    * mãe: Generosa da Silveira Prestes (1840?)
    * avó: Francisca Prestes de Albuquerque (1823)
    * bisavó: Anna Esmeria Prestes (1798)

    Anna Esmeria Prestes

    Anna Esmeria, como visto, era filha de José Joaquim de Oliveira Prestes e Maria Ferreira. Estes casaram-se na antiga Igreja Matriz de Sorocaba em 8 de novembro de 1797.

    José Joaquim de Oliveira Prestes, por sua vez, era filho de Francisco Machado de Oliveira Prestes e Francisca Fernandes Xavier da Silva e talvez tenha nascido em Sorocaba por volta de 1780.

    Francisco e Francisca contraíram matrimônio na Igreja Matriz Santana, em Santana de Parnaíba, no dia 22 de maio de 1779.

    Francisco Machado de Oliveira Prestes nasceu em Santo Amaro, atual bairro de São Paulo e na época uma freguesia da mesma cidade, em 1744 e foi batizado na Igreja Matriz Santo Amaro em 31 de outubro de 1744. Era filho de José de Oliveira Prestes e Theresa Blanco Machado.

    José e Theresa casaram-se em 3 de setembro de 1736 na antiga Matriz de Santo Amaro.

    José de Oliveira Prestes nasceu em 1711 em Santo Amaro e foi batizado na Matriz local em 6 de setembro de 1711. Ele era filho de Agostinho de Oliveira da Costa e Anna da Silveira.

    Desta forma acabamos de demonstrar que os Prestes de Albuquerque descendem de Agostinho e uma de suas três esposas.

    Para um melhor entendimento, a seguir os ancestrais de Anna Esmeria Prestes até Agostinho de Oliveira da Costa:

    * Anna Esmeria Prestes (1798)
    * pai: José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?)
    * avô: Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744)
    * bisavô: José de Oliveira Prestes (1711)
    * trisavô: Agostinho de Oliveira da Costa (1687)

    Portanto Anna Esmeria Prestes é trineta, sempre pelo lado paterno, de Agostinho de Oliveira da Costa e sua primeira esposa, Anna da Silveira. E Anna Esmeria era avó paterna de Fernando Prestes de Albuquerque e avó materna da sogra deste, Francisca Prestes de Albuquerque.

    Em relação a Julio Prestes de Albuquerque, Anna Esmeria Prestes era sua bisavó pelo lado paterno e trisavó pelo lado materno.

    Já Agostinho de Oliveira da Costa era 5º avô de Fernando Prestes de Albuquerque e 6º avô de sua esposa, Olimpia Prestes da Silveira.

    Por fim, um resumo dessas duas linhagens de ascendentes de Julio até Agostinho:

    pelo lado paterno:

    * Julio Prestes de Albuquerque (1882)
    * pai: Fernando Prestes de Albuquerque (1855)
    * avô: Manoel Prestes de Albuquerque (1818)
    * bisavó: Anna Esmeria Prestes (1798)
    * trisavô: José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?)
    * tetravô ou tataravô: Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744)
    * 5º avô: José de Oliveira Prestes (1711)
    * 6º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (1687)

    e pelo lado materno:

    * Julio Prestes de Albuquerque (1882)
    * mãe: Olimpia Prestes de Santana (1860)
    * avó: Generosa da Silveira Prestes (1840?)
    * bisavó: Francisca Prestes de Albuquerque (1823)
    * trisavó: Anna Esmeria Prestes (1798)
    * tetravô ou tataravô: José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?)
    * 5º avô: Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744)
    * 6º avô: José de Oliveira Prestes (1711)
    * 7º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (1687)

    O PRESTES de Luis Carlos Prestes

    Luis Carlos Prestes

    Outro Prestes conhecido no Brasil e no mundo devido à política foi Luis Carlos Prestes, que também descende de Agostinho de Oliveira da Costa.

    Luis Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, em 3 de janeiro de 1898 e era filho de Antonio Pereira Prestes e Leocadia de Almeida Felisardo. Seu registro civil de nascimento foi declarado pelo próprio pai no Cartório de Registro Civil em 4 de janeiro de 1898.

    Antonio e Leocadia casaram-se em Porto Alegre no dia 30 de maio de 1896 tanto no Cartório de Registro Civil como na Catedral Nossa Senhora Mãe de Deus.

    Antonio Pereira Prestes nasceu em 23 de agosto de 1869 em Porto Alegre e foi batizado na Catedral Nossa Senhora Mãe de Deus no ano de 1872. Era filho de Antonio Pereira Prestes e Luiza Machado de Freitas.

    Antonio e Luiza devem ter contraído matrimônio em torno de 1858 em Porto Alegre.

    Antonio Pereira Prestes era filho de Tertuliano Antonio Pereira e Fermianna Maria de Oliveira Prestes e nasceu no dia 12 de novembro de 1821 em Porto Alegre. Foi batizado nessa cidade na Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe de Deus em 9 de dezembro de 1821.

    Tertuliano e Fermianna casaram-se em 10 de novembro de 1808 na atual Mostardas, Estado do Rio Grande do Sul, na Igreja Matriz São Luís Rei de França.

    Fermianna Maria de Oliveira Prestes nasceu em 22 de março de 1790 em Mostardas, onde foi batizada em 15 de abril de 1790 na Igreja Matriz local. Era filha de Manoel de Oliveira Prestes e Silvana Joaquina de Sousa.

    Manoel e Silvana Joaquina devem ter-se casado por volta de 1783 na atual Viamão, Estado do Rio Grande do Sul, de onde ela era natural.

    Manoel de Oliveira Prestes era filho de José de Oliveira Prestes e Theresa Blanco Machado. Nasceu em 1752 em Santo Amaro, atual bairro de São Paulo, onde foi batizado em 28 de agosto de 1752 na antiga Igreja Matriz local.

    José e Theresa casaram-se na Igreja Matriz Santo Amaro em 3 de setembro de 1736.

    José de Oliveira Prestes nasceu em 1711 em Santo Amaro, São Paulo, e foi batizado na Igreja Matriz local em 6 de setembro de 1711. Era o segundo filho de Agostinho de Oliveira Prestes e Anna da Silveira.

    Portanto demonstramos que Luis Carlos Prestes também descende de Agostinho e uma de suas esposas, como explicado abaixo:

    * Luis Carlos Prestes (Porto Alegre - 1898)
    * pai: Antonio Pereira Prestes (Porto Alegre - 1869)
    * avô: Antonio Pereira Prestes (Porto Alegre - 1821)
    * bisavó: Fermianna Maria de Oliveira Prestes (Mostardas - 1790)
    * trisavô: Manoel de Oliveira Prestes (Santo Amaro, São Paulo - 1752)
    * 4º avô: José de Oliveira Prestes (Santo Amaro, São Paulo - 1711)
    * 5º avô: Agostinho de Oliveira da Costa (Santo Estêvão, Lisboa, Portugal - 1687)

    Os Prestes de Albuquerque e Luis Carlos Prestes

    Como percebemos, Agostinho de Oliveira da Costa (1687-1773) era 5º avô tanto de Fernando Prestes de Albuquerque (1855) como de Luis Carlos Prestes (1898) e estes descendiam do mesmo filho de Agostinho: José de Oliveira Prestes, o segundo filho com a primeira esposa e nascido em 1711.

    Desta forma os trisavós de Fernando e Luis Carlos são irmãos, respectivamente, Francisco Machado de Oliveira Prestes (1744) e Manoel de Oliveira Prestes (1752); ou seja, os bisavós são primos-irmãos, respectivamente, José Joaquim de Oliveira Prestes (1780?) e Fermianna Maria de Oliveira Prestes (1790).

    O PRESTES - Luiza Prestes

    Apesar de Agostinho de Oliveira da Costa não usar o sobrenome Prestes, foi este, além do Oliveira, que foi transmitido e era mais usado pela maioria dos seus filhos. Isto porque, para Agostinho, sua mãe chamava-se Anna Prestes; como ele declarou nos registros paroquiais de seus dois últimos casamentos no Brasil.

    Porém vimos no artigo sobre Agostinho que os registros paroquiais em Portugal diziam que sua mãe se declarava como Anna da Costa e quem possuía o sobrenome Prestes era a mãe dela, Luiza Prestes.

    Portanto o sobrenome Prestes da família Prestes de Albuquerque e de Luis Carlos Prestes possui uma origem em Luiza Prestes, avó materna de Agostinho.

    Para finalizar, um esquema com os mais próximos ancestrais de Agostinho:

    * Agostinho de Oliveira da Costa
    * pais: Vicente de Oliveira e Anna da Costa
    * avós paternos: Manoel de Oliveira e Joanna de Oliveira
    * avós maternos: Antonio da Costa e Luiza Prestes

    Fontes:

    * Atlas Histórico do Brasil:

    * Blog Alan Franci - artigo “Agostinho de Oliveira da Costa (1687-1773)”:

    * Família Júlio Prestes de Albuquerque:

    * Family Search:

    * Genealogie on line (Roberto Petroucic):

    * Geneanet (Valdinei Silveira):

    * Genearc (Roberto de Oliveira Cardoso dos Santos):

    * Geni (Lúcia Pilla):

    * Google:

    * Wikipédia:

    Pesquisa:

    * Alan Franci

    Alan Franci – Itapetininga – quarta-feira, 30 de janeiro de 2019